Deus é santo! Esta verdade é apresentada em várias passagens bíblicas. Deus é santo e imutável, ou seja, quer os homens acreditem ou não, Deus é santo. Quer bendigam a santidade de Deus ou não, Ele permanecerá Santo pela eternidade.
Para enaltecer a santidade de Deus muitos pregadores ensinam que, para não ver o pecado, Deus olha para o crente através de Cristo. Argumentam que, apesar de crer em Cristo, o crente ainda é pecador.
Escritores renomados corroboram este pensamento e, dentre eles, destaco esta frase:
Hoeksema: “Não entenda isto mal. O significado, não é que haja algo que cobre os nossos pecados ao ponto que Deus não os vê. Não é o caso de que eles realmente estão lá mas Deus não os vê porque eles estão encobertos. Coberto nem mesmo significa que os pecados de alguém estão escondidos sob Cristo, como se costuma dizer. O facto é que Deus olha através de Cristo” Fonte: Righteous by Faith Alone, Herman Hoeksema, Reformed Free Publishing Association, capítulo 21 (grifo nosso). <http://www.cprf.co.uk/languages/portuguese_blessednessjustified.htm> Consulta realizada em 04/01/2012.
Analisando a asserção: “O facto é que Deus olha através de Cristo” à luz das Sagradas Escrituras, verifica-se que Hoeksema procurou evidenciar o mérito da obra de Cristo, contrastando-a com o demérito da condição do homem diante de Deus.
A premissa construída para evidenciar a santidade de Deus, afirmando que Deus é tão santo que, para olhar para o crente, precisa olhar através de Cristo para não ver pecado, carece de ser considerada à luz das Escrituras.
É bíblico este posicionamento? Quando olha através de Cristo Deus não vê pecado no crente porque eles estão encobertos?
Para responder esta pergunta, utilizaremos como ponto de partida uma pergunta do apóstolo Paulo aos cristãos de Corintos:"Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" ( 1Co 3:16 ).
A verdade de que os cristãos são templos de Deus era tão evidente para o apóstolo dos gentios que a pergunta aos Corintos é uma reprimenda!
Está é uma verdade que permeia todo o Novo Testamento:
Verdade que deriva das promessas feitas no Antigo Testamento:
Se para olhar para aquele que creu no evangelho é necessário Deus olhar através de Cristo, o que é necessário para que Deus venha habitar o crente? O que é mais profundo: ‘olhar’ ou ‘habitar’ o crente?
Em que a santidade de Deus não é maculada se Ele olhar através de Cristo para contemplar o crente, se na verdade, em primeira instância Ele habita o crente? "Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada" ( Jo 14:23 ).
Como conciliar o argumento de que, para não contemplar o pecado no crente Deus necessita olhar através de Cristo, se não há nenhum obstes na bíblia com relação ao crente ser templo, morada de Deus.
Se aceitarmos a tese de Hoeksema que Deus olha para o crente através de Cristo apesar de haver pecado no crente, Cristo torna-se uma espécie de lente, prisma, etc., que possibilita Deus, que é santo, olhar para o crente; a lente cria uma ilusão de ótica de modo que Deus passa a contemplar o crente sem ver o pecado e, ao mesmo tempo Deus se guia pelo que passou a enxergar através de Cristo e ignora o fato de haver pecado no crente; no entanto, apesar do pecado, Deus habita o crente. Seria isto possível?
Existe também o testemunho de Deus de que Ele não habita em templo feito por mãos humanas ( At 17:24 ), e por isso mesmo, Se propôs construir o seu templo para habitá-lo através do seu próprio braço (Cristo) ( Ef 2:22 ; 1Pe 2:5 ; Hb 3:4 -6 ), no entanto, Hoeksema afirma que Deus vê pecado no templo que Ele mesmo está construindo e, que só é possível olhar o seu próprio templo através de Cristo?
"No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito" ( Ef 2:22 )
O crente é templo de Deus, ou não é? Há pecado no crente, ou não há? O templo de Deus é santo, ou não é?
Deus exige do homem que o seu falar seja segundo a verdade, pois o que passa da verdade é de procedência maligna "Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna" ( Mt 5:37 ).
Deus pode deixar de ver o pecado onde há pecado coberto? Haveria alguma coisa encoberta aos olhos de Deus? "E ...antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar" (Hebreus 4 : 13)
O apóstolo Paulo demonstra que efetivamente o templo de Deus, que são os cristãos, é santo: "Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo" ( 1Co 3:17 ). Ora, o templo de Deus é santo, portanto não pode haver no templo, que pertence e está sendo construído por Deus, pecado. Por fim, o templo de Deus que é santo diz dos crentes: ‘o templo de Deus, que sós vós, é santo’!
Neste mesmo sentido alertou o apóstolo: "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?" ( 1Co 6:19 ).
Não podemos esquecer que, cada cristão individualmente é membro uns dos outros, porém, apesar de haver muitos cristãos, todos são um só corpo em Cristo "Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros" ( Rm 12:5 ).
Considerando que Cristo é santo e é a cabeça do seu corpo, segue-se que o corpo de Cristo, que é a igreja, por sua vez, também é santo. É inconcebível um corpo ter condição diversa da condição da cabeça, ou seja, a cabeça ser santa e o corpo imundo, pois deste modo não haveria unidade "E estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo o principado e potestade" ( Cl 2:10 ); "Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível" ( Ef 5:27 ).
Cristo é a pedra angular preciosa que Deus estabeleceu como fundamento da igreja, e o templo é edificado por Deus com pedras vivas, ou seja, os cristãos "Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo" ( 1Pd 2:5 ); "Porque toda a casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus" ( Hb 3:4 ).
Mas, alguém pode protestar dizendo: nesta passagem o apóstolo Paulo está falando do corpo místico, e não de cada crente em particular. Ora, só há o corpo místico se considerarmos que cada cristão em particular é um só pão em Cristo. O templo santo só é erguido porque há um fundamento posto, que é Cristo, a pedra eleita e preciosa, e igualmente cada cristão é uma pedra viva "Do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor" ( Ef 4:16 ); "Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão" ( 1Co 10:17 )
Antes de ser crucificado, Cristo rogou por sua igreja dizendo: "E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós" ( Jo 17:11 ); "Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste" ( Jo 17:21 ); "E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um" ( Jo 17:22 ).
Há unidade entre Cristo, o Pai e a igreja, e esta unidade não é somente de ‘olhar através de Cristo’, antes é unidade derivada de comunhão íntima em virtude de Cristo ter concedido aos que creem n’Ele a mesma glória que Deus deu a Cristo. Jesus concedeu a mesma glória que foi dada pelo Pai aos que creram para que os cristãos sejam um, como o Pai e o Filho são um. A unidade do Pai, o Filho e os cristãos diz de comunhão intima: "Porque somos membros do seu corpo, da sua carne, e dos seus ossos" ( Ef 5:30 ); "Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular" ( 1Co 12:27 ).
Não há nenhuma comunhão entre a Luz e as trevas, pois Jesus disse: “Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas” ( 1Jo 1:5 ). Deus é luz e qualquer que está em Cristo, está em Deus e Deus está nele "Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus" ( 1Jo 4:15 ).
Confessar, admitir que Jesus é o Filho de Deus segundo as Escrituras, significa ter comunhão, adentrar na Luz que não tem trevas nenhuma, e que a Luz que não tem trevas entrou nele. Ora, se aquele que crê em Cristo está em Deus, segue-se que não há trevas nenhuma nele, pois se houvesse, seria impedido de estar em Deus, pois não há comunhão entre a Luz e as trevas.
A promessa de Deus é perfeita: qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está aperfeiçoado verdadeiramente nele. Qual é a palavra a ser guardada, obedecida? A palavra, o mandamento a ser obedecido é: crer em Cristo como o Filho do Deus vivo, assim como diversas pessoas confessaram nas Escrituras “E o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento. E aquele que guarda os seus mandamentosnele está, e ele nele. E nisto conhecemos que ele está em nós, pelo Espírito que nos tem dado” ( 1Jo 3:23 -24; Jo 6:69 ; Jo 11:27 ; Mt 16:16 ).
Qualquer que creu em Cristo obedeceu ao mandamento de Deus e passou a estar em Deus: "Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele" ( 1Jo 2:5 ); "Nisto conhecemos que estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito" ( 1Jo 4:13 ).
Ao crer, o homem passa a pertencer a Deus "Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus" ( 1Co 6:20 ); "Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção" ( 1Co 1:30 ).
Aquele que está em Cristo é uma nova criatura "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" ( 2Co 5:17 ). Ora, se o crente está em Cristo é nova criatura, de modo que Cristo também está no crente "Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados" ( 2Co 13:5 ).
Sendo o crente uma nova criatura, está em Cristo, e se está em Cristo, consequentemente, está em Deus "E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna" ( 1Jo 5:20 ).
Para estar em Deus através de Cristo, foi necessário Deus fazer tudo novo, de modo que, sem Cristo o homem é trevas, mas ao crer, o cristão torna-se luz no Senhor "Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no SENHOR; andai como filhos da luz" ( Ef 5:8 ); "Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas" ( 1Ts 5:5 ); "Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte" ( Mt 5:14 ).
Deus não só tirou aqueles que creram da potestade das trevas e os transportou para o reino de Cristo, Ele também os fez luz "O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor" ( Cl 1:13 ).
Ao crer o cristão recebeu poder para ser feito filho de Deus ( Jo 1:12 ), portanto, é filho da luz. E se é filho da luz, agora é luz. Deus é a verdade, e se o crente esta em Cristo, que é a verdade, é verdadeiramente livre, pois tem comunhão com a verdade! Conheceu a verdade! “Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” ( Jo 8:31 -32); "Portanto, o que desde o princípio ouvistes permaneça em vós. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis no Filho e no Pai" ( 1Jo 2:24 ).
Permanecer na palavra de Cristo é fazer a vontade de Deus, e aquele que crê na palavra do Evangelho permanece para sempre"E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre" ( 1Jo 2:17 ); "Mas a palavra do SENHOR permanece para sempre. E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada" ( 1Pd 1:25 ); "Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome" ( Jo 20:31 ); "E o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento" ( 1Jo 3:23 ).
O apóstolo João demonstra que os que creem em Cristo conhecem a Deus e Deus está nele “Ninguém jamais viu a Deus; se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu amor” ( 1Jo 4:12 ). Por ter dado da sua palavra (espírito) aos que creem é possível saber que todos quantos creem estão em Deus e Deus neles “Nisto conhecemos que estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito” ( 1Jo 4:13 ).
Cristo é o amor de Deus demonstrado ao mundo, e quem está no amor de Deus está em Deus e Deus nele “E vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo. Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus. E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele” ( 1Jo 4:14- 16).
E o mais importante: Qual Cristo é, o cristão o é igualmente neste mundo “Nisto é perfeito o amor para conosco, para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é, somos nós também neste mundo” ( 1Jo 4:17 ). Assim como os filhos de Adão são como o primeiro homem, de igual modo, os filhos de Deus são tal qual o último Adão: homens espirituais “Qual o terreno, tais são também os terrestres; e, qual o celestial, tais também os celestiais” ( 1Co 15:48 ).
Os cristãos foram gerados de novo através da ressureição de Jesus ( 1Pd 1:3 ; Cl 2:12 -13 ; Cl 3:1 ). Foram gerados de uma semente incorruptível ( 1Pd 1:23 ), e são participantes da natureza divina ( 2Pd 1:4 ; Cl 2:10 ).
Ora, após tudo o que Deus realizou naqueles que creem, sendo certo que Cristo foi manifesto como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo ( Jo 1:29 ), como é possível haver pecado no crente, se o crente está em Cristo? Como é possível haver pecado no crente se o crente é nova criatura? Se em Cristo não há pecado, como um pecador pode estar em Cristo? "E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado" ( 1Jo 3:5).
Em Cristo não há pecado, assim como em Deus não há trevas nenhumas, portanto, qualquer que está em Cristo é luz e não tem pecado algum. Deste modo, Deus conhece o crente ( Gl 4:9 ), pois habita no crente. O termo ‘conhecer’ não é saber acerca de, ou ver através de Cristo, antes significa comunhão intima, um só corpo.
‘Santo’ versus ‘imundo’
"E que comunhão tem a luz com as trevas?" ( 2Co 6:14 )
Deus é santo! Esta verdade é apresentada em várias passagens bíblicas. Deus é santo e imutável, ou seja, quer os homens acreditem ou não, Deus é santo. Quer bendigam a santidade de Deus ou não, Ele permanecerá Santo pela eternidade.
As Escrituras também demonstram que o Santo não tem comunhão com o imundo. - “Deus é luz, e não há nele trevasnenhumas” ( 1Jo 1:5 ), está foi uma asserção que o evangelista João ouviu de Jesus e anunciou aos cristãos. Não há comunhão entre a Luz e as trevas, portanto, na luz não pode haver sequer uma mínima sombra!
O que faz separação entre o Santo e o imundo, entre a Luz e as trevas?
Deus disse ao povo de Israel: "Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça" ( Is 59:2 ). O pecado é o que faz divisão entre os homens e Deus, de modo que toda a humanidade estava alienada de Deus, pois todos pecaram “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” ( Rm 3:23 ).
Apesar de o povo de Israel pensar que havia alguma diferença entre gentios e judeus, que os judeus eram salvos por serem descendentes da carne de Abraão e o gentios não, o protesto do profeta Isaias foi direcionado aos judeus: "Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça" ( Is 59:2 ).
Em virtude da acusação das Escrituras que pesava contra os judeus é que o apóstolo Paulo argumenta: ‘porque não há diferença’ ( Rm 3:22 ), pois tudo o que a lei diz, diz aos que receberam a lei e estavam debaixo da lei, ou seja, aos judeus. Deste modo, todo o mundo é condenável diante de Deus: judeus e gentios “Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus. Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado” ( Rm 3:19 -20).
Tudo o que o apóstolo Paulo escreveu contra os judeus foi segundo as Escrituras, conforme se lê: “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. A sua garganta é um sepulcro aberto; Com as suas línguas tratam enganosamente; Peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; Cuja boca está cheia de maldição e amargura. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Em seus caminhos há destruição e miséria; E não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos” ( Rm 3:10 -18).
Mas, tanto judeus quanto gentios se tornaram imundos? Quando foi que isto ocorreu? Ora, toda a humanidade tornou-se imunda e alienada de Deus em um único evento: a ofensa de Adão no Éden. Quando Adão pecou, todos pecaram. Quando Adão recebeu a pena, todos foram apenados com a morte, ou seja, com a alienação de Deus “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” ( Rm 5:12 ).
Certa feita os discípulos perguntaram a Jesus: - ‘Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?’ ( Jo 9:2 ). Jesus respondeu: - “Nem ele pecou nem seus pais” ( Jo 9:3 ). Ora, com relação a cegueira, o cego nasceu cego para que as obras de Deus fossem manifestas, porém, a pergunta persiste: Quem pecou? Pois todos pecaram ( Rm 3:23 )!
Ora, há um só que pecou: Adão “Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores...” ( Rm 5:19 ). Por causa da ofensa de Adão, todos se extraviaram. A ofensa de Adão trouxe maldição, morte, trevas, alienação, para todos os homens, mesmo que os homens não tenha transgredido a semelhança da transgressão de Adão “No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão...” ( Rm 5:14 ).
O que o apóstolo Paulo disse com o verso acima? Que mesmo a humanidade não tendo comido do fruto do conhecimento do bem e do mal como Adão e Eva comeram lá no Éden, a morte passou a todos os seus descendentes: a humanidade, portanto, todos pecaram “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” ( Rm 3:23 ); “Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo” ( 1Co 15:21 -22).
Isto significa que o homem é concebido e gerado em pecado, ou seja, que desde a ofensa do homem no Éden, a humanidade separou-se de Deus ( Sl 51:5 e Sl 58:3 ). Ora, o homem é pecador em função da sua geração. A geração do homem segundo Adão é má, e todos os seus descendentes são maus. Não importa se saiba dar boas dádivas aos seus semelhantes, todos os homens nascidos segundo a semente de Adão são maus, são trevas, vasos de desonra, plantas que o pai não plantou, alienados de Deus, mortos em delitos e pecados, etc.
Agora podemos responder a pergunta: O que faz separação entre o Santo e o imundo, entre a Luz e as trevas? Como a humanidade tornou-se imunda e separada de Deus?
A resposta está no Éden! Lá todos pecaram e foram destituídos de terem comunhão com Deus. Deus é luz e a humanidade passou a condição de trevas por dar ouvidos à serpente (criatura) e não ao Criador. Lá no Éden o homem separou-se de Deus, tornou-se morte, tornou-se imundo. Foi em função de uma única ofensa que toda a humanidade (juntamente) tornou-se imunda“Desviaram-se todos, e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não, nem sequer um” ( Sl 53:3 ).
Quando desobedeceu ao Criador, Adão não somente se vendeu ao pecado, como também vendeu toda a sua descendência e, consequentemente, todos os descendentes de Adão são escravos do pecado. O pecado como senhor assalaria os seus servos com a morte, de modo que a humanidade é refém, cativa (aguilhão) do pecado por causa da morte "Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei" ( 1Co 15:56 ).
A força do pecado não advém do diabo, como muitos pensam, visto que o próprio diabo está retido sob o domínio do pecado. A força do pecado decorre da lei que disse: “De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” ( Gn 2:16 -17).
A palavra de Deus não volta vazia! Se Ele determinou, é irrevogável! Como o homem comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal, às consequências vieram: a) alienação de Deus (morte), e; b) o conhecimento do bem e do mal (como Deus).
A separação de Deus (pecado) dos que não creem persiste por causa da lei que disse: certamente morrerás. Enquanto não crerem em Cristo para se conformarem com Cristo na sua morte, não tem acesso à maravilhosa graça que se dá na ressureição com Cristo ( Fl 3:10 ).
Remissão
"Ora, onde há remissão destes, não há mais oblação pelo pecado" ( Hb 10:18 )
Outro ponto das consequências do pecado esta na seguinte premissa: “A alma que pecar, esta mesma morrerá” - "A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele" ( Ez 18:20 ).
O salário do pecado é a morte! Não há como o pecador não receber o seu quinhão.
Mas, Cristo Jesus deu a si mesmo para remir o homem de toda a iniquidade, purificando um povo para si "O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras" ( Tt 2:14 );"Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos" ( Gl 4:5 ).
Por causa do pecado da humanidade, Cristo Jesus apresentou-se como sacrifício a Deus e, através da sua carne, abriu-se um novo e vivo caminho que conduz os homens a Deus "Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne" ( Hb 10:20 ).
Por ser uma exigência da justiça que a morte do pecador, quando crê em Cristo, o homem morre com Cristo, passa a ser participante da carne e do sangue de Cristo. Quando o pecador crê em Cristo, toma sobre si a sua própria cruz e segue após Cristo até o calvário, é crucificado com Cristo, morto e sepultado. Neste ato a justiça de Deus é vindicada, pois Ele é justo e a transgressão não passa da pessoa do transgressor.
Para abrir um novo e vivo caminho, Jesus morreu pelos pecadores, pois somente Ele podia remir os seus irmãos ( Hb 2:11 ). Ou seja, não é necessário aos que creem subirem em um madeiro e serem crucificados com pregos e sofrer as ignominias que Cristo sofreu na cruz.
Como é possível um homem morrer em lugar de todos os homens, se a pena jamais pode passar da pessoa do transgressor? Um homem desobedeceu, e em consequência, a geração deste homem foi destituída de Deus. Mas, Cristo Jesus foi obediente até a morte, e morte de cruz, de modo que ao ressurgir dentre os mortos a sua geração é aceita por Deus.
Quando Jesus morreu houve substituição de ato: obediência pela desobediência. Em lugar da desobediência do Éden, Jesus bradou: Está consumado! "E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito" ( Jo 19:30 ).
Neste brado não foi expressa a ideia que muitos divulgam de que uma dívida foi paga, antes que Cristo cumpriu cabalmente o que o Pai determinou, ou seja, consumei a obra que o Pai me deu a realizar! "Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer" ( Jo 17:4 ) “Nenhum ser humano que tentasse pagar por seus próprios pecados poderia dizer finalmente, como exclamou Cristo em triunfo na Cruz: “Está consumado! A dívida foi paga”. Mas o preço tinha que ser pago integralmente. De que outro modo os portões da justiça se abririam?” Hunt, Dave ‘O poder da ressurreição de Cristo’, The Berean Call -http://www.chamada.com.br) – http://www.chamada.com.br/mensagens/ressurreicao_de_cristo.html Consulta realizada em 06/01/2012.
Substituição de ato foi o que ocorreu na cruz: a obediência de Cristo (último Adão) pela desobediência de Adão, pois Deus não busca sacrifício, antes a obediência “Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos” ( Rm 5:19 ); "Por isso, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, Mas corpo me preparaste; Holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram. Então disse: Eis aqui venho (No princípio do livro está escrito de mim), para fazer, ó Deus, a tua vontade" ( Hb 10:5 -7 ).
Por estar em Cristo o cristão é uma nova criatura, igualmente é perfeito, pois está em Cristo, que é a cabeça de todo principado. Por estar em Cristo, o cristão lançou fora (despojou) a carne do pecado. Por estar em Cristo o cristão foi sepultado e ressurgiu ( Cl 2:10 -12).
Quando vivificado em Cristo, o cristão teve as suas ofensas perdoadas por Cristo, pois a cédula foi riscada, uma vez que não cumpríamos as ordenanças de Deus. Como Cristo veio cumprir e cumpriu plenamente a vontade de Deus, a obediência de Cristo anulou a divida das ordenanças. O que fixou na cruz as ordenanças que punha o homem em divida foi a obediência de Cristo, que nada ab-rogou da lei, não foi puro e simplesmente o seu sofrimento. O objetivo da cruz não era o sofrimento, antes a obediência plena, pois a obediência excluiu toda condenação para a nova criatura, que por estar em Cristo está morta para o pecado e para a lei.
Pois, para que o homem possa alcançar vida dentre os mortos é necessário cair na terra assim como o grão de trigo. Cristo caiu na terra e ressurgiu para a glória de Deus Pai, todos quanto creem n’Ele, também são plantados na semelhança da sua morte, para que possam ressurgir com Cristo. Neste quesito cada um deve tomar a sua própria cruz e morrer com Cristo "Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto" ( Jo 12:24 ).
Deus é fiel: “Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos; Se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará; Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo” ( 2Tm 2:11 -13).
Sobre a morte dos que creem com Cristo escreveu o apóstolo Paulo:
“Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição; Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado. Porque aquele que está morto está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos” ( Rm 6:3 -8).
A carne de Cristo foi oferecida em oblação e é o novo e vivo caminho pelo qual o homem vem a Deus, pois quando o homem crê, torna-se participante da carne e do sangue de Cristo, ou seja, morre com Cristo. O batismo do cristão é na morte de Cristo, e o batismo em águas é um testemunho público, símbolo da morte com Cristo.
Quando o crente morre com Cristo fica demonstrada a justiça de Deus, visto que a pena estipulada pela lei: ‘certamente morrerá’, ou ‘a alma que pecar esta morrerá’, não passa da pessoa do transgressor. O pecador, quando se arrepende, morre com Cristo e o corpo do pecado herdado em Adão é desfeito.
Após estabelecer a sua justiça dando ao pecador a morte em função do pecado, Deus elimina o vínculo do servo com seu antigo senhor, o pecado. E é neste ponto que a maravilhosa graça de Deus opera eficazmente, visto que, assim como Cristo ressurgiu dentre os mortos para a glória de Deus Pai, todos quando foram sepultados com Cristo são ressuscitados juntamente com Cristo ( Cl 3:1 ).
Enquanto o pecador é morto com Cristo, Deus é justo, mas quando é gerada uma nova criatura em Cristo, Deus é declarado justificador "Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus" ( Rm 3:26 ).
Ora, se o homem não morre, não está justificado do pecado, pois enquanto vivo para o pecado é devedor e sujeito ao pecado. Mas, quando o homem morre com Cristo, a justiça de Deus é vindicada, pois: “... aquele que está morto está justificado do pecado” ( Rm 6:7 ).
Cristo ressurgiu dentre os mortos para a justificação dos que creem "O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação" ( Rm 4:25 ). Ora, como Cristo ressurgiu, todos os que creem ressurgiram à semelhança da sua ressureição, de modo que os que foram ressurretos dentre os mortos possuem uma nova vida, sendo declarados justos diante de Deus "Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus" ( Rm 3:24 ).
O velho homem gerado em Adão jamais seria declarado justo, portanto, pereceu ao ser crucificado com Cristo e o seu corpo foi desfeito com Cristo na cruz. Quando é gerado um novo homem através de Cristo (a semente incorruptível), tem-se uma nova criatura participante da natureza divina, que foi criada em verdadeira justiça e santidade, e que recebe de Deus a declaração de que é justa.
Quando gerado de Adão o homem é pecador, agora gerado de novo em Cristo Jesus, o homem é participante da natureza divina. Não é mais servo do pecado, escapou da corrupção que há no mundo, portanto é santo e justo “Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo” ( 2Pe 1:4 ); “E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça” ( Rm 6:18 ).
Quando Jesus se deu a si mesmo foi para adquirir para si um povo "O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras" ( Tt 2:14 ). Ora, se Ele remiu o pecador tomando por seu servo, segue-se que não mais se nomeia os que creem de pecadores.
Há um contra senso na assertiva: ‘pecador remido’, pois se o homem é pecador é porque não foi remido, e se foi remido, resta que não é pecador, pois pertence a um novo senhor.
Este problema também ocorre com o termo naufrago. Quando alguém está a deriva em alto mar é nomeado ‘naufrago’, porém, quando é salvo do perigo e está a bordo de uma nova embarcação, já não faz jus ao nome ‘naufrago’, assim é aquele que crê em Cristo: era pecador, agora é remido.
A bíblia é clara: não podeis servir a dois senhores, ou seja, é impossível prestar serviço a dois senhores. Quando Cristo remiu o pecador, não deixou o remido à disposição do pecado para servi-lo. No momento em que o homem é liberto do pecado é feito servo da justiça.
Há pecadores e há remidos, jamais haverá ‘pecadores remidos’, pois onde há remissão não há mais oferta pelo pecado "Ora, onde há remissão destes, não há mais oblação pelo pecado" ( Hb 10:18 ).
O pecador é servo do pecado, portanto, comete pecado. Ora, se o homem comete pecado pertence ao diabo, portanto não é remido "Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo" ( 1Jo 3:8 ); “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado” ( Jo 8:34 ).
O que comente pecado é servo do pecado, porém, temos o apóstolo Paulo redarguindo os cristãos: tornastes-vos servos da justiça ( Rm 6:18 )
Não existe ‘pecador remido’, pois o apóstolo Paulo diz que, se os cristãos foram justificados em Cristo e ainda são pecadores, teria que admitir que Cristo é ministro do pecado. Como Cristo não é ministro do pecado, todos quanto estão n’Ele não são pecadores "Pois, se nós, que procuramos ser justificados em Cristo, nós mesmos também somos achados pecadores, é porventura Cristo ministro do pecado? De maneira nenhuma" ( Gl 2:17 ).
Deus olha através de Cristo
Em um devocional intitulado “Um detalhe milagroso”, assinado pela Pra. Clarice Ziller, temos a seguinte frase: ‘Olhe que coisa fantástica é o Sangue de Jesus: quando Deus me olha através dele, eu sou pura como aquele sumo sacerdote!’.
Spurgeon também fez alusão à ideia de que Deus vê o crente através de Cristo: “Se bem que Ele vê pecado em ti, em ti mesmo, agora, quando Ele olha para ti através de Cristo, Ele não vê pecado” C. H. Spurgeon, Evening’s Meditation, Meditações Vespertinas. Tradução de Carlos António da Rocha. <http://www.projetospurgeon.com.br/devocionais/leitura-vespertinas/> consulta realizada em 13/09/2012.
Muitos esquecem, ou não sabem, que a promessa de Deus para aquele que guardam a palavra do evangelho crendo em Cristo é se tornar morada do Altíssimo "Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada" ( Jo 14:23 ).
Por esquecerem, ou não saberem que o crente é o templo de Deus, adotam o pensamento equivocado de que é necessário Deus olhar através de Cristo para poder ver o crente, haja vista, considerarem que o crente, apesar de estar em Cristo, é pecador “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” ( 1Co 3:16 ).
Mas, as Escrituras é a autoridade no assunto, e ela diz: "E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado" ( 1Jo 3:5). Além de Cristo ter vindo ao mundo tirar o pecado dos que creem, certo é que em Cristo não há pecado.
Se o crente admite que Jesus é o Cristo conforme as Escrituras, está em Cristo, é nova criatura, portanto não tem pecado, pois está em Cristo em quem não há pecado.
Se o crente está em Cristo, automaticamente está em Deus, que é luz e não há nele trevas nenhumas, portanto, a necessidade de Deus olhar para o crente através de Cristo é ilação de mentes carnais que não consideram que Cristo habita o crente.
Jesus é a garantia de que os que creem estão limpos diante de Deus e esta era a certeza do apóstolo Paulo "E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus" ( 1Co 6:11 ).
"Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado" ( Jo 15:3 )
Fonte: Estudos Bíblicos
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